Doentes sedados sofreram alucinações e traumas tão severos que punham em causa a sua sobrevivência.
Os doentes com coronavírus que saíram do coma revelaram que as alucionações e traumas foram tão severos que preferiam "estar mortos", disse um médico na linha da frente do combate à pandemia em Londres.
De acordo com o médico Zudin Puthucheary, citado pelo jornal britânico Mirror, os traumas a nível físico e mental causados pela sedação - que os mantinha em coma - são tão "devastadores" que o caminho até à recuperação é longo e doloroso. De referir que quando estes pacientes se encontram em coma, de acordo com este médico, estão num estado alterado de consciência que os pode levar a ter alucinações, delírios ou confusão.
"Algumas pessoas poderão dizer dentro de dois a três anos que estão felizes por estarem vivos, outros dizem que prefeririam morrer - tudo se resume ao que as pessoas consideram uma boa qualidade de vida", disse o médico.
O especialista afirma que os pacientes enfrentam muitas dificuldades na recuperação não só pela sua doença crítica, mas também por causa dos medicamentos intensos necessários para os tratar.
A perda de grande parte da massa muscular e traqueotomias que alguns precisam para poderem respirar e alimentarem-se são os grandes obstáculos dos pacientes que estão a recuperar do coma.