Ministério Público tinha pedido que Susana Quintas, fosse condenada "a uma pena não privativa da liberdade".
A madrasta de Joana Amaral Dias, Susana Quintas, foi absolvida, esta segunda-feira no Tribunal Criminal de Lisboa de, alegadamente, ter dado medicação em excesso ao marido Carlos Amaral Dias.
Na leitura do acórdão, a juíza Margarida Alves sublinhou que não ficou provado que o excesso de calmantes tivesse sido a causa direta dos vários internamentos hospitalares do psiquiatra. Carlos Amaral Dias morreu a 3 de dezembro de 2019, a caminho do hospital, após ter esperado mais de duas horas pela chegada de uma ambulância.
O Ministério Público tinha pedido que Susana Quintas, fosse condenada "a uma pena não privativa da liberdade".
A madrasta de Joana Amaral Dias está acusada de 7 crimes de ofensas à integridade física.
Uma declaração de Carlos Amaral Dias recolhida pela PJ um ano antes da sua morte, durante a fase de inquérito, ilibava a mulher, Susana Quintas, única arguida do processo por ofensas à integridade física graves e qualificadas contra o médico psiquiatra. Na terceira sessão do julgamento, a filha mais nova do psiquiatra, inesperadamento, apareceu com Joana Amaral Dias e acusou a mãe de dar medicamentos a mais ao pai.
Uma análise toxicológica revelou que o médico tinha uma quantidade de benzodiazepinas quatro vezes superior ao normal no sangue. Os três filhos mais velhos apresentaram queixa.
"A juíza é uma mulher competentíssima e intelentíssima por quem manifesto toda a minha admiração, respeito e consideração. Sei neste momento aquilo que sabia antes", afirmou Susana Quintas ao CM depois de conhecer a leitura do acórdão.
Em relação aos "longos anos de investigação", a madrasta de Joana Amaral Dias diz que não sabe "até que ponto os houve".