Candidata a Belém não considera haver "esquerda a mais" e recusa qualquer tipo de 'burguesia' na sua vida política.
Octávio Ribeiro, Director Geral Editorial do CM/CMTV, entrevistou esta noite Marisa Matias, candidata às eleições Presidenciais apoiada pelo Bloco de Esquerda.
A candidata é a quinta entrevistada da série de entrevistas aos vários políticos que disputam a corrida à Presidência da República. Não perca esta quinta-feira, na CMTV.
Marisa Matias começa por dizer que não considera haver "esquerda a mais" quando confrontada com os aspetos que a distinguem da candidata, Ana Gomes.
A candidata, apoiada pelo Bloco de Esquerda, recusa comentar sondagens e abordou a questão do confinamento.
"Vamos novamente para confinamento e nem toda a gente tem condições para fazer esse confinamento", relembra.
Em relação às medidas anunciadas esta quinta-feira pelos ministros da Economia e da Cultura, Marisa afirma que os apoios são ainda poucos para os trabalhadores. Marisa Matias não cancelou nenhuma das suas ações de campanha, uma vez que preparou a mesma já perante o cenário pandémico.
"Abdico de uma parte muito significativa do meu salário todos os meses", garante, referindo que "ninguém deve exercer à custa de cargos políticos".
Nascida numa aldeia de Coimbra, a candidata a Belém garante que a forma como cresceu marcou-a na forma de olhar para a sociedade e recusa qualquer tipo de 'burguesia' na sua vida política.
Sobre os quatro anos de Presidência de Marcelo, Marisa afirma que existem ainda demasiadas fugas de dinheiro e precariedade ao nível dos trabalhos.