Idosa escolheu ir viver para um lar quando o marido morreu.
No Investigação CM desta quinta-feira damos-lhe a conhecer Hanellore Ficher Cruz, uma das 60 vítimas mortais - até esta quinta-feira - do coronavírus em Portugal.
Esta mulher, de 76 anos, era natural da Áustria, mas considerava-se portuguesa desde que se lembrava. Fugiu durante a II Guerra Mundial para o nosso país e licenciou-se na universidade do Minho.
Dedicou toda a sua vida à música. Escolheu ir viver para um lar quando o marido morreu, médico de profissão, há cerca de sete anos.
Hanellore é dos rostos do Covid-19. Adoeceu no lar onde escolheu passar os seus dias e morreu sozinha numa cama de hospital.
Esteve mais de 15 dias sem ver os seus, desde que as visitas foram proibidas. No sábado foi internada na ala de infecciologia e quarta-feira de manhã acabou por morrer.
José Miguel Cruz é o neto desta mulher que perdeu a vida no Hospital de Braga. Numa entrevista emotiva ao Investigação CM revela que a avó teve tosse durante cinco dias e nunca foi submetida a nenhum teste de despistagem.
Só fez o teste quando chegou ao hospital. Diz o neto que, se o teste tivesse sido feito mais cedo, secalhar a avó ainda estava viva.